SARKÓS - A COMIDA DO URSO
SARKÓS - A COMIDA DO URSO
Baseado no livro do Ap. Renê Terra Nova
Quando a carne fala mais alto - Am. 5, 19
SARKÓS significa sarcófago. É a junção de Sarkós (carne) e Phagos (comer). É o que se delicia da carne e dela se alimenta.
A vida de quem se dispõe a seguir a Cristo deve consolidar o espírito para vencer a obra da carne. Assim como Acã, muitas vezes buscamos esconder debaixo da nossa capa o nosso pecado. Pior do que a morte é estabelecer o juízo para toda uma geração e seus descendentes (Js. 7).
Amós 5, 16-20 fala do leão, do urso e da cobra. Todos eles são matadores de gente. Novamente uma trilogia do diabo para destruir o homem (Jo. 10,10; AP. 20, 10). A ação do leão é veloz, destrói com muita rapidez; o urso usa da estratégia para destruir; enquanto a cobra (leviatã) é sagaz na sua ação.
O urso é um animal que não é veloz mas é estratégico. É um exterminador de gerações, pois aniquila sonhos e expectativas. Foi através de um urso que 42 crianças foram mortas após a maldição do profeta Eliseu (II RS 2, 23-24). Quando temos urso na alma desejamos a morte dos outros.
Para se derrotar o urso em nossa vida é necessário que tenhamos cobertura espiritual e base sólida, pois ele representa as ações da carne que hibernam e acordam estrategicamente para nos derrotar.
Quando o urso manifesta-se na vida do líder, pastor ou profeta, o prejuízo é muito maior. O profeta é quem libera o urso para tragar toda uma geração. Podemos ser santos, mas nos tornarmos excessivamente carnais quando pisam em nossos “calos”. Se o profeta não for curado, pode matar tanto quanto o urso. A mesma palavra que tira a lepra também a coloca sobre toda uma geração (II RS 5,27). Se não tivermos vigilância, mesmo possuindo porção dobrada do Espírito em nossa vida, podemos ter ações carnais também dobradas.
O justo terá a mente como mel, e onde houver mel haverá a visitação do urso.
Aquele que é chamado por Deus para fazer a Sua obra tem que passar por desertos e vencer os ursos. Na época de José, em Gn. 37, o animal predominante era o urso, e os seus irmãos informaram que fora este quem matara a José.
O urso é estratégico, e a estratégia usada pelos irmãos de José foi a mentira para fazê-lo desaparecer. Mentira é a essência do diabo (Jo. 8,44). Mas na estrada de quem segue a Deus sempre aparecerá quem o ajude. Primeiramente foi o homem que indicou onde estava os seus irmãos, depois o copeiro, o padeiro, o faraó, etc. Sempre haverá quem tente nos matar, mas sempre terá aquele que o Senhor irá enviar para nos auxiliar.
Algo essencial na vida do homem, sobretudo os que servem a Deus, é a consolidação. É necessário andarmos juntos, termos cumplicidade. Quem exerce liderança sempre estará debaixo de juízo, avaliação e condenação.
Consolidação é mais do que promessa, é resposta de caráter. Todo discipulador que investe em seu discípulo irá lhe dar das suas características. Conquistar é inteligente; manter a conquista é sábio. Quem tem esperança mantém a conquista.
Existem muitos profetas mal resolvidos, matando seus “filhos”, eliminando gerações. A carne é estratégica para ofender a Deus. Quem se deixa ser atacado pelo urso fica paralisado, sem reação, vendo a morte chegar.
É preciso ter unidade para se abrir mão da particularidade. Só nos conheceremos quando respeitarmos o outro. A falta de unidade assina o óbito.
O verdadeiro pastor vence a carnalidade. O pastor Davi venceu o urso. Davi enquanto era pastor defendia as ovelhas dos ursos; após ganhar o poder, tornou-se urso contra as ovelhas (II Samuel 11, 6-25). O pastor que tirava a ovelha das garras do urso transformou-se em urso tirando a ovelha dos braços do pastor.
O urso ao atacar a sua presa ranca os seus ouvidos e chupa os seus olhos. Literalmente, ele contamina a audição e a visão. O pecado atua da mesma forma; não nos deixa ver os nossos erros nem tampouco ouvir a mensagem do Senhor.
As ovelhas normalmente são atacadas por abelhas que entram em seus ouvidos, haja vista produzirem uma doce cera; e por um bicho que entra em suas narinas. O óleo que o pastor derrama sobre as ovelhas expele esses bichos e protege as ovelhas dos ataques.
A melhor forma de se matar o urso é pela fome. Devemos parar de alimentar a carne, tapar as brechas (II Cr. 32, 4-5). Uma das formas mais usuais atualmente é a desonra. Ela elimina a unção que está sobre nós e sobre nosso ministério. A fidelidade é uma moeda valiosa para Deus. Na Bíblia, o sal simboliza a fidelidade. Quando desonramos, desobedecemos, paralisamos a fidelidade, tornamo-nos uma estátua de sal (Gn. 19,26).
A desonra amaldiçoa toda uma nação. Devido a atitude de Cam com Noé, seu pai, toda a sua descendência foi gerada no espírito de homossexualismo. Defende-se que Cam abusou sexualmente de seu pai quando este estava bêbado. Sodoma foi impregnada (Gn. 19). Onde há maldição há extermínio. Deus não permite que a imoralidade prossiga em Seu arraial.
A unção do Senhor nos blinda contra o ataque do urso. Só teremos o que queremos quando fizermos o que nunca fizemos. Os que cometem desonras se trancam em cadeias; onde há honra, a história tem começo, mas não tem fim.
Deus esclarece o nível de chamada que nos faz. Os que são por Ele atraídos fazem parte dos chamados; os que ouvem a estratégia do urso são os impelidos na obra do Senhor.
Os que requerem de Deus aquilo que Ele não ofereceu, poderá perder aquilo que Ele já nos deu.