COM QUEM OU COM O QUE EU ME PAREÇO? Inspirado no livro: Cura Interior, de Renê Terra Nova.
João 11, NTLH
16 Então Tomé, chamado “o Gêmeo” ...
Com quem ou com o que nos parecemos? A II Carta de Pedro 2:19 fala que “[...] de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo”. O Salmista declara que somos semelhantes àquilo do que nos tornamos servos (Salmo 115:8).
O ser humano é composto de Corpo, Espírito e Alma. Nesta última, ficam as nossas emoções, nossas motivações. Salomão nos alertou de que somos conforme pensamos em nossa alma (Provérbios 23:7). Conforme Tiago, os pecados que cometemos surgem em nossas mentes (Tiago 1:15), e quando os realizamos muitas vezes nem nos damos conta porque ele aconteceu (Miquéias 2:1).
Damos muito mais importância às coisas ruins que nos acontecem, do que com as boas que ocorrem com muito mais frequência. Nossa vida é guiada por aquilo que acreditamos, e o tipo de pessoas com quem mantemos comunhão influenciam muito em nossas decisões (I Coríntios 15:33).
Se é certo afirmar que não teremos uma segunda chance de causarmos uma primeira boa impressão, também é fato dizer que a alma carrega marcas que poderão determinar nossa história. Nós escrevemos o nosso legado, e se a nossa alma estiver presa em algo do passado nunca poderemos avançar para o futuro.
Apesar de várias qualidades que o Apóstolo Tomé tinha, seu nome ficou marcado por um único evento que lhe deu o estigma de incrédulo. Quando se fala do seu nome, até hoje o rotulam como algo pejorativo, sem nem sequer se preocuparem com as suas qualidades, a exemplo do brilhante trabalho missionário desenvolvido por ele na África.
Quantas vezes temos os nossos sonhos roubados por uma frustração que nos fere a alma? Se deixarmos a melancolia nos dominar, seremos “gêmeos” de coisas ruins que nos levam à depressão e ao desânimo. A nossa mente tem que ser constantemente renovada (Romanos 12:1), de modo que se cumpra em nós as palavras de Paulo, fazendo-nos dídimos das coisas que nos faça superar as adversidades:
8 Por último, meus irmãos, encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente. (Filipenses 4).
Enchemos nossa alma com o que? De coisas puras ou impuras? Quem ou o quê ministra sobre nós? Nossa alma tem que estar protegida de tudo o que não edifica (Efésios 6:17). Os pastores antigos de Israel sabiam que insetos tinham por hábito buscar fazer morada nos ouvidos e narinas das ovelhas, colocando ali a sua cera. Desta forma, o rebanho não conseguia ouvir a voz e nem sentir o cheiro do seu pastor, desviando-se do caminho. Para evitar isso, os pastores as ungiam com óleo, pois seu cheiro espantava as vespas, deixando o rebanho protegido. Devemos ungir nossa mente com o óleo do Espírito Santo para que palavras de maldição e desânimo não cheguem à nossa alma.
Se andarmos e dermos crédito à pessoas que não tem sua visão fixada na Palavra (Salmo 1:1), corremos sério risco de nos afeiçoarmos coma incredulidade, que é uma arma poderosa na mão de Satanás. Sem fé é impossível agradar a Deus (Hebreus 11:6), e a ausência dela pode nos estigmatizar da mesma forma como ocorreu com Tomé.
Quando duvidamos, damos lugar ao questionamento infundado. Se não acreditamos em nosso potencial conseguimos mesmo estando vivo matar a nossa alma. Ela não funcionará da forma como deveria. Esse tipo de questionamento põe em risco uma conquista e uma promessa. Jó questionou a Deus, e mesmo sendo um homem justo teve como resposta do Senhor:
8 Será que você está querendo provar que sou injusto, que eu sou culpado, e você é inocente? (Jó 40).
A crítica pela crítica traz o engano às nossas vidas, cujo final só causará desmoronamento (Provérbios 14:12). Um terço dos anjos foi precipitado à Terra por terem sido enganados por Lúcifer (Apocalipse 12:4; Isaías 14:12-14), e depois, sob o mesmo engano tentaram alcançar Deus (Gênesis 11:4).
A língua humana pode trazer vida ou morte a alma (Tiago 3). Tão ruim quanto ferir alguém com nossas palavras é trata-la com desprezo. Quanto mais próxima e amada for essa pessoa, maior será o dano causado.
Quando nos propomos a sermos “gêmeos” das coisas puras, nossa alma estará aberta para o quebrantamento que nos proporcionará cura e transformação. Ao nos quebrantarmos colocamo-nos na posição de entrar nos propósitos divinos, o que faz o céu se mover para que a Palavra de Deus se cumpra em nossa vida. Deus rege o mundo por Seus propósitos, e Ele não se desvia deles por amor a ninguém. O nosso quebrantamento não move o coração de Deus; move-nos para debaixo da Sua mão sob a qual as promessas d’Ele se cumprem.
Ao fitarmos nossos olhos naquilo que é divino, abrimos mão das amarras do passado e avançamos para o futuro que Deus preparou para nós (Filipenses 3:13-14). Os planos do Senhor são perfeitos para nós (Isaías 1:19; Jeremias 29:11).
Quando reconhecemos a Soberania de Deus confessamos os nossos pecados e mudamos a rota da nossa vida. Decidirmos ser dídimos daquilo que edifica é o caminho para nos assemelharmos a Jesus.