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Morte no Altar

Morte no altar

I Samuel 4: 11; Levítico 10: 1-2; Atos 5: 5.10


O que há em comum e de diferente entre esses textos?

No texto de I Samuel, conta sobre a morte dos filhos do profeta Eli, que desrespeitavam as Leis Sagradas, profanavam o tabernáculo e se prostituíam, dentre outras coisas. Eles eram filhos do sacerdote e seu natural sucessor, uma vez que seu pai estava velho e doente. Faziam da Arca do conserto um talismã e pensavam que Deus fosse seu empregado, que o serviriam sempre quando fosse requisitado. Saíram à guerra sem fazer um concerto com o Senhor pensando que a presença da arca lhes trariam a vitória. Morreram no campo de batalha e ainda provocaram a morte do seu pai e da esposa de um deles, que estava grávida e morreu no parto amaldiçoando o nascimento do filho.

A primeira reflexão que quero fazer nesse momento é sobre estar pronto para as batalhas. Eles saíram à guerra sem fazer um concerto com Deus. Quantas vezes queremos enfrentar nossos problemas, e muitas vezes até mesmo dos outros, sem primeiro estarmos prontos para isso? Quantos de nós não se põe à disposição para guerrear sem primeiro buscar a orientação do Senhor? Um obreiro despreparado trará muito mais prejuízo guerreando do que ficando parado. No livro de Lucas 24: 49 Jesus adverte que os discípulos ficassem em Jerusalém até serem revestidos de poder. Não deveriam guerrear sem primeiro buscarem um concerto espiritual. Dentre eles, Pedro e Tomé precisavam de uma experiência ímpar em suas vidas. O primeiro foi um alicerce entre os judeus cristianizados; o segundo, grande missionário na África.

Este é um dos grandes erros de pastores e conselheiros espirituais: entrar numa guerra despreparado. Muitas vezes acaba se envolvendo com o problema alheio, ou até mesmo com a pessoa que está aconselhando. Ao invés de bater em satanás acaba tomando a maior surra da sua vida. E por consequência disso, morre no campo de batalha, entregue à depressão ou envolvido com os prazeres deste mundo. Se a sua própria morte não bastasse, ainda causa a morte dos que estão ao seu redor e da sua família, que por fraqueza ou comodismo também se deixam levar pelo despreparo. Assim como no tempo de Adão e Eva, onde a Terra (que foi invadida por ervas daninhas) e os animais (que foram expulsos do Paraíso com eles) foram amaldiçoados por causa do seu pecado, o filho de Finéias também foi amaldiçoado. Se a semeadura é livre, a colheita é obrigatória e sempre numa quantidade superior àquela que foi plantada.


No texto de Levítico, vemos 02 filhos do Sumo Sacerdote Arão sendo morto perante o altar por ter apresentado fogo estranho ao Senhor. Esses rapazes eram sacerdotes e conheciam a Lei. Eram instruídos na Palavra. Sabiam a importância da verdadeira adoração a Deus. E mesmo assim, numa atitude displicente apresentaram um fogo diferente daquele que era autorizado. Ofereceram a Deus algo abominável aos Seus olhos. Pensaram que o fato de estarem vestidos como sacerdotes e realizando uma atividade eclesiástica seria o suficiente para obrigar Deus a aceitar qualquer coisa. O altar é lugar sério, e nossa vida em Cristo tornou-se santuário divino, e o nosso coração um altar de adoração. Jeová sonda os nossos rins para ver a nossa intimidade mais profunda, o mais oculto e o mais secreto. Aquele lugar que ninguém tem acesso, Deus vê. O recôndito do nosso ser, impenetrável para muitos, é descortinado aos olhos de Deus. Aquele que estiver “nu” na visitação do Pai perderá sua bênção (Mateus 25: 1-13; II Coríntios 5: 3; Apocalipse 16: 15).


O texto de Atos mostra-nos outra faceta da má adoração: a mentira. O casal Ananias e Safira morreram não porque Deus precisa do seu dinheiro, mas porque mentiram ao Espírito Santo. A falta de sinceridade levou-os à morte imediata, porque seus corações não temiam ao Senhor. Ao entrarmos na presença de Deus que o nosso espírito seja verdadeiro. Pecamos no varejo e pedimos perdão no atacado. Deus quer que confessemos os nossos pecados, um a um, com clareza de detalhes, a Ele. O Senhor nos conhece, mas quer que sejamos sinceros. A mentira é abominável aos seus olhos, e Jesus chamou o diabo de Pai dessa atitude (João 8:44).

A vida de muitos cristãos tem sido uma verdadeira mentira. Conforme as palavras de Jesus, são sepulcros caiados. Vivem de aparência. Hipócritas. Esse tipo de atitude só afasta da presença divina e leva a pessoa a viver em cima do muro, numa vida morna. Esquecem-se que esse estilo de vida é indesejável ao Senhor (Apocalipse 3: 16).


O que aprendemos quando comparamos esses três textos?

  • De Deus não se zomba. Tudo o que o homem semear, ele ceifará (Gálatas 6:7);

  • Tomando como exemplo a “igreja” de Eli, vemos que pecado e desleixo Deus não mata na hora. O indivíduo sente-se impune e vai pecando cada vez mais (Apocalipse 22:11). Mas ele se esquece qual o valor desse salário (Romanos 6: 23). Um dia ele será cobrado por isso, e as consequências certamente ocorrerão consigo e aos próximos a ele.

  • Deus não procrastina sua sentença àqueles que mentem ao Espírito e levam fogo estranho ao Seu altar. Nas “igrejas” de Moisés e dos Apóstolos, foram fatalmente mortos. Como está a nossa vida perante o Senhor? Será que não há motivos para que tudo esteja travado e não progrida? O que temos ofertado a Deus? Estamos sendo sinceros com Ele?

  • Boa intenção não é suficiente para justificar os desvios dos projetos divinos. Deus não poupou a intenção de Saul, quando ele disse que ofertaria ao Senhor os despojos da guerra (I Samuel 15: 19-23); tampouco poupou a Uzá quando pôs a mão naquilo que era sagrado evitando um mal pior ao seu povo (II Samuel 6: 6-7).

  • Deus não muda os Seus propósitos por amor a ninguém. Não poupou nem mesmo a Jesus, quando Ele suou sangue, ou quando clamou na cruz. Ao contrário, agradou-se em moê-lo para que Sua Palavra se cumprisse (Isaías 53:10).

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