A IRA DO HOMEM E A MISERICÓRDIA DE DEUS
O livro de Jonas é uma boa demonstração da ira do homem e da misericórdia de Deus, além de um apontamento da morte e ressurreição de Cristo.
Quanto ao fato profético, Jesus declara em Mateus 16: 4 sobre o sinal dado por esse profeta. Assim como Jonas esteve no ventre do peixe, Cristo esteve morto e sepultado; do mesmo modo como o peixe devolveu Jonas à praia, Jesus ressuscitou. Ambos, cada um do seu jeito, morreram e retornaram à vida.
Quanto ao tema do estudo, é compreensível a ira do profeta. Naquela época, a Assíria cuja capital era Nínive, dessolava as nações com seu poderio de guerra. Conquistavam praticamente todos os povos com quem guerreavam. Jonas era profeta do Reino do Norte _ Israel_ na época do rei Jeroboão II. Ele sabia que o seu povo anos mais tarde seria conquistado por aquela nação, quando a Assíria seria governada por Salmanesser. Por isso, o profeta não aceitava misericórdia àquele povo. Ao contrário, queria “justiça” de Deus exterminando os ninivitas.
A presciência divina não é causativa. O fato de Deus saber o futuro não quer dizer que ele vai interferir na situação. Não é a profecia que faz alguém agir daquela forma; ao contrário, a profecia existe porque alguém iria agir assim. O homem ao se arrepender e se converter ele anula a sentença de morte proferida contra ele.
Deus, demonstrando seu amor incondicional, tinha planos para aquela nação. Usando o profeta, o Senhor em poucos dias trouxe o arrependimento àquele povo ao ponto de até o próprio rei Assírio da época humilhar-se perante o Senhor. O exemplo ocorrido com a aboboreira demonstrou a ideia da misericórdia divina.
Aprendemos aqui que o Senhor não faz distinção de pessoa e que sua misericórdia não é restrita apenas a um povo. Também vemos que o arrependimento de uma geração não quer dizer que sua descendência também adorará ao Senhor, haja vista que anos mais tarde os descendentes ninivitas invadiram a Israel levando-os cativo. E por fim, que toda vez que alguém foge de Deus, a consequência é descer, afundar até o ponto de estar “morto” nas profundezas do interior de leviatã, mas que ainda assim o amor de deus é capaz de devolver a vida quando clamam por Seu nome.