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Uma promessa de Deus pode não se cumprir? (Lucas 2: 25-38)


É comum ouvirmos a frase: “não morrerei, enquanto as promessas de Deus não se cumprirem em minha vida”. Será verdade isso?

Vamos ver os fatos.

No texto em questão, vemos o relato da história de um homem idoso, chamado Simeão, que tinha em sua vida uma promessa de que ele não morreria sem antes ver a salvação do mundo, Jesus. A Bíblia não nos dá muitos detalhes sobre ele, mas diz claramente que ele era um homem “justo e temente a Deus... e o Espírito Santo estava sobre ele” (v. 25). Percebam que, naquela época, o Espírito Santo ainda não habitava nas pessoas, isso só veio a ocorrer após o Pentecoste de Atos 2. No entanto, a vida devota daquele homem fazia com que a visitação do Santo Espírito fosse constante.

A tradição fala que Simeão era um sacerdote, um dos principais daquela época, tendo nesse contexto a idade aproximada de 55 anos, sendo considerado idoso. Crê-se que ele era pai de Gamaliel, professor do apóstolo Paulo. Naquele dia específico, não seria dia do seu plantão, mas a pessoa encarregada de estar no templo, por qualquer motivo, não pôde comparecer. Para ele, seria um dia como outro qualquer, mas para Deus, não! Aquele era o dia tão esperado pelo sacerdote, o momento de se encontrar com Jesus!

Uma alegria inefável chegou ao coração de Simeão. O primeiro amor que a pessoa recebe quando tem o encontro com Cristo. Seus lábios não paravam de glorificar a Deus, e ao mesmo tempo, o Espírito Santo usou a sua boca para profetizar a missão do Messias aqui na Terra.

O que aconteceu com Simeão pode não acontecer com muitas outras pessoas, mesmo elas tendo recebido uma promessa da parte de Deus. O Senhor não muda os Seus propósitos por amor a ninguém. Orações, jejuns, deprecações, dízimos, esmolas... não movem o coração de Deus ao nosso favor. Ao contrário, move o nosso coração em direção a Ele. Por mais doído que seja, Deus poderá usar a dor e o sofrimento para que Seus planos aconteçam, pois Ele não poupou nem mesmo a Jesus, que não pecou (Isaías 53:10).

Provérbios 13:22 fala que “a esperança demorada enfraquece (ou adoece) o coração [...]”. Por conta da ansiedade que muitos de nós temos, a conquista do que é desejado que já está tão próximo pode se tornar muito distante, por desistirmos de lutar. Já dizia o ditado que “deserto abreviado é deserto repetido”. Toda vez que desistimos da nossa caminhada, voltaremos ao início da estrada, e se quisermos alcançar o objetivo teremos que percorrer tudo de novo.

Pensar que alguém que recebeu uma promessa divina tem a garantia de recebe-la, independente da sua intimidade com Deus, é um ledo engano. Estar na presença de Deus é o que abre as portas para que tudo se realize em nossas vidas, conforme a vontade do Pai (Isaías 1:19). Fora da vontade divina, qualquer coisa que tenhamos não vem do Pai (Mateus 4:9), pois não há meio termo: ou estamos com Cristo ou estamos longe d’Ele (Apocalipse 3:16; Mateus 7:13-14).

Se Cristo não teve pecado e nem na Sua boca se achou engano, devemos nós também andarmos como Ele andou (I Pedro 2:22; I João 2:6). Fora da presença e da vontade de Deus, a promessa não se cumprirá, porque o Espírito Santo de Deus não coaduna com o pecado. Se quisermos receber as bênçãos divinas devemos continuar na presença do Senhor para que não haja impedimento para que elas ocorram. Se pessoas de Deus esperaram mais do que previam para receber a resposta tão esperada, muito mais demorado será para aqueles que estão distante da vontade divina. Muitas vezes, essa resposta nem virá por haver legalidade que bloqueia a bênção.

Jeremias esperou 10 dias por uma simples resposta (Jeremias 42:7); Daniel, 21 dias (Daniel 10:13); Eliseu insistiu em oração pela vida do menino (II Reis4: 33-35); Elias orou insistentemente para que o sacrifício fosse consumido por fogo (I Reis 18:36-37). E se eles tivessem desistido de orar? Se eles pensassem que Deus os haviam esquecido? Qual seria o resultado, e como eles seriam conhecidos hoje?

Por fim, o que determina se receberemos ou não o cumprimento da promessa de Deus em nossa vida é o nível de relacionamento que temos com o Pai.

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