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TEMPO PERDIDO

Textos: Gn. 4 e Mt. 23-24

Onde ocorreu o primeiro homicídio (ou genocídio, considerando que Caim matou ¼ da população da época)? Qual era o ambiente, o que estava ocorrendo no momento que ocorreu o crime?

É de pasmar, mas tudo isso ocorreu no momento de um culto, quando estavam oferecendo adoração ao Senhor. O problema não foi que a oferta de um era de vegetais e do outro era de animal, pois naquele momento da história ainda não era utilizado o sangue como elemento de remissão de pecado, conforme orienta Hebreus 9:22. Vejamos os detalhes nos versículos 3 e 4 de Gênesis 4:

3 E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. 4 E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta.


Caim ofereceu ao Senhor o que sobrou da sua colheita; enquanto que Abel ofereceu a primícias, o que tinha de melhor. Essa foi a diferença. Um ofereceu de má vontade; e o outro, de coração puro. O apóstolo Paulo orienta a esse respeito em II Coríntios 9:

7 Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.


Assim como Caim, muitos de nós perdemos tempo em nossa vida trocando a oportunidade de adorarmos a Deus para nos dedicarmos a quaisquer outras coisas. Quantos de nós, particularmente durante os cultos, estamos com a nossa mente e o nosso coração sintonizados com qualquer outra coisa que não seja o altar? Quando o assunto é dinheiro, onde depositamos o nosso coração? Não servir a Deus integralmente é perda de tempo, conforme Apocalipse 3:

16 Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.


Apesar do erro de Caim, Deus preservou a sua vida dando-lhe um sinal para que nenhum homem o tocasse, pois seria castigado 7 x mais. Mesmo assim, este se vitimizou dizendo ser impossível suportar a correção. Em nenhum momento Deus falou que ele não aguentaria, mas costumamos a termos atitude de autocomiseração atribuindo ao Senhor a responsabilidade por nossas falhas. O Pai corrige ao filho que ama.

6 porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho. 7 Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque que filho há a quem o pai não corrija? (Hebreus 12)


Quando não nos arrependemos das falhas que cometemos, nossa geração não será educada corretamente conforme o ensino de Deus, pois o nosso exemplo fala mais alto do que as nossas palavras. Se não houver arrependimento, a maldição não é quebrada.

5 [...] porque eu, o SENHOR, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem 6 e faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos. (Êxodo 20)


Por conta do coração embrutecido de Caim, seu descendente Lameque também foi assassino, jogando para Deus a responsabilidade de perdoá-lo, fazendo seus parentes crerem que o Senhor seria injusto se não o perdoasse 70 x 7 vezes.

23 E disse Lameque a suas mulheres: Ada e Zilá, ouvi a minha voz; vós, mulheres de Lameque, escutai o meu dito: porque eu matei um varão, por me ferir, e um jovem, por me pisar. 24 Porque sete vezes Caim será vingado; mas Lameque, setenta vezes sete. (Gênesis 4)


Mais adiante vemos outra passagem onde o culto desagradou ao Senhor. Em Mateus, capítulos 23 e no início do 24 vemos exemplos a não serem seguidos.

No capítulo 23, Jesus estava no templo e usou adjetivos desagradáveis para se referir aos Escribas e Fariseus da época. Pessoas que deviam dar exemplo estavam envergonhando o Nome do Senhor com atitudes reprováveis. Cristo o chamou de: raça de víboras, serpentes, hipócritas, condutores cegos e insensatos. Ainda decretou que a casa deles ficaria vazia. Ele entrou no templo para ser adorado e saiu decepcionado. Será que nos nossos dias o Senhor tem se agradado do que temos oferecido a Ele? Se dermos espaço para Ele entrar, será que sairia dali satisfeito?

Ao sair do templo, apesar de toda insatisfação e repreensão que Jesus dirigiu àquele povo, seus discípulos pareciam dispersos e alheios a tudo o que haviam acontecido. Vejamos:

1 E, quando Jesus ia saindo do templo, aproximaram-se dele os seus discípulos para lhe mostrarem a estrutura do templo. 2 Jesus, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada. (Mateus 24)

A preocupação daqueles discípulos estava mais voltada à suntuosidade do templo do que com a qualidade da alma. Parecia que os problemas constatados ali dentro nada significavam se comparados à beleza do imóvel.

Hoje em dia, será que isso se repete? Estamos mais preocupados com a beleza e a quantidade do que com a qualidade? Nossos olhos estão mais encantados com as riquezas do que com a santidade? Outrora éramos chamados de Protestantes, mas hoje não protestamos contra nada, rarissimamente quando se refere a alguém próximo a nós. Fora isso, se não me diz respeito, não temos nada a ver com isso. Casamentos homossexuais, por exemplo, não me diz respeito e não vou me envolver pois não tem ninguém da família nesse contexto. Mas, se essa prática desagrada a Deus e contamina uma nação de pecado não me interessa. A igreja parece ter perdido o foco.

Por fim, deixemos de ser vítimas e assumamos nossa posição perante o Senhor. Não percamos mais tempo com superfluidade e avancemos para o alvo que é o nosso Deus.

Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. (João 4)

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